19 de fev. de 2020

Mari Kondo era

files. name dropping. tagging. folders. hashtags. keywords
boring
to organize, to order, to serialize, who needs information anyway?

estamos constantemente criando conteúdo mas quem os está a organizar?
deixamos o trabalho pesado para os robôs ou vemos o tempo passar enquanto mergulhamos nesse mar de informações?
(precisei abrir o ziper da calça jeans, se é para continuar nesse assunto que pelo menos seja de maneira confortável)

eu não entendo nada de programação. eu não percebo como arquivos são organizados, eu mal tenho tempo para arrumar o meu quarto, que aliás está um caos (menitira, para arrumar o quarto tenho tempo sim). mesmo assim eu acabei encarregada de organizar esse arquivo, pareceu relevante ler textos sobre o assunto e a verdade é que embora eu tenha sido sempre fascinada pela ideia de arquivo, eu sempre pensei arquivos como espaços físicos, fichas de biblioteca, catálogos, grandes gavetas de metal e não em um computador, códigos, tags, drives e servidores. Todas essas ferramentas estão aqui para nos poupar tempo, hoje é muito simples ter acesso a informação, basta abrir o site do met e lá está o acervo da instituição, disponível através de fotografias para quem as tiver interesse de buscar. O mesmo com a tate e com outras instituições, me pergunto sobre os encarregados por estes arquivos, será que eles também estavam tão entediados quanto eu a fazer esta catalogação? Será por isto a presença curiosa da cartela de cores nestas imagens do met? Mas a verdade é que nestes materias ainda há a materialidade, objetos reais que foram fotografados. a imagem final é digital mas houve um intermediário ali na catalogação do objeto. A catalogação de um objeto real - o que vai para o arquivo são as suas informações mas e quando a catalogação é de eventos? Catalogar as informações existentes sobre o evento e as imagens do evento. Catalogar o registro. Não há materialidade. comecei a fazer um caderno de colagens.



how to organize and still be in love with the material?
in a marie kondo era, how does one deal with digital archiving?